sábado, 31 de março de 2012

Motivação

O que mais me motivou nas últimas semanas para acabar a tese foi a minha filha. Não só queria estar menos stressada e menos cansada, mas também queria voltar a ter fins-de-semana com ela, gozar o tempo livre em familia. Queria não ter que ficar em casa, a trabalhar, enquanto a familia ia visitar a bisavó, ia apanhar morangos, ia às compras, ia ao parque.

Fins-de semana acho que vou voltar a ter. Este já começou bem. Durante a semana é que não sei. Pode ser que tenha o mesmo tempo que antes, ao fim do dia (nunca abdiquei desse tempo com ela), mas pode ser que seja menos. Não sei. Pode ser que mude, pode ser que fique na mesma, pode ser que seja melhor ou pior. Logo se verá.

A questão aqui é: Agora que acabei a tese terei novas oportunidades, mas estarei apenas a substituir uma tarefa stressante por outra, com outras vantagens, e sem abdicar dos fins-de-semana, mas a abdicar do tempo com ela durante a semana?

Logo se verá. Pode ser que a questão nem sequer se ponha.

De papo para o ar

É como tenho estado esta semana. De papo para o ar no quintal a apanhar sol, que têm estado uns dias fabulosos. Dormir até ao meio-dia, apanhar sol e ler um livro, descansar, relaxar, e tudo com calma, muita calma. Bem bom!

segunda-feira, 26 de março de 2012

SUBMETIDA!!!!!!!!!

Submeti o raio da tese! Agora so tenho que a defender e passar, que é capaz de ser dificil... Mas isso é para depois! O pior já passou, o peso está fora dos meus ombros, e posso, finalmente, descansar e aproveitar!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Só nós é que sabemos

Ao falar com uma colega sobre o que passámos (e eu ainda passo) durante o doutoramento, ela disse, e repetiu várias vezes, que quem não fez um (principalmente baseado em instrumentos e experiencias de laboratório), nunca poderá entender a dificuldade, stress, pressão e por vezes (muitas vezes) desespero pelos quais passamos. Isso leva a situações de imensa tensão e até ao fim de relações.

Acho que ela tem muita razão. Mesmo ao fim de 6 anos de toda a tortura acima descrita e de todo o apoio que me foi dado, os que me estão próximos nunca entenderam realmente a carga brutal que o doutoramento exerceu, e ainda exerce, em mim.

Aposto que haverá muita gente a dizer que até nem é assim tão mau, mas essas pessoas provavelmente não tiveram os mesmos problemas que eu e muitos dos meus colegas tivemos com instrumentos a não funcionar, experiencias repetidamente falhadas e falta de orientação de quem tem essa obrigação.

Quem passou pelo mesmo e não tem filhos, muitas vezes me pergunta se e mais fácil dar à luz ou fazer um doutoramento. Dar à luz, mesmo sem qualquer tipo de anestesia ou droga, é muito mais fácil, dura menos, e o resultado é o mais gratificante que se pode ter.