Parti um dedo do pé! Chão da cozinha molhado e patinei direita à porta! Pimba, toma lá que vais ver estrelas, planetas, galáxias distantes e buracos negros. E logo o dedo do pé. Eu que tenho dedos tão fininhos, frágeis e sensíveis que até cortar as unhas é um martírio; pedicures então nem pensar. Eu que nunca parti nada fui logo partir um dedo do pé!
Mas nem sabia que estava partido. Doeu para caralho mas pensei que passasse. E com o pé dentro do sapato, sossegadito, sem mexer, até nem doía muito. Ainda fui as compras e tinha um jantar e copos essa noite. Atenção que ter um evento social é digno de nota! Sair à noite? Beber uns copos? Um pézinho de dança? Desde que fui mãe que é uma vez por ano! Não ia deixar que uma pancadinha no dedo me impedisse de tal evento! Nem pensar! Até porque a maior parte da noite ia ser passada a enfardar comidinha indiana e, a partir de certa altura, o álcool ia ajudar a esquecer as dores.
Pois que lá fomos para a celebração dos dois anos do nosso clube de Tae Kwon Do. E soube taaaaaaão bem! À parte que, ao final da noite, estava em lágrimas com dores. Mas saí! E dancei! E diverti-me! E a pancadinha no pé não me impediu!
Quando chegámos a casa o dedo estava inchado e completamente negro. E as dores eram insuportáveis. E não dormi nada. No dia a seguir lá fui eu ao hospital - está partido. E não há nada a fazer senão tomar analgésicos e manter o dedo quieto. Está literalmente preso com fita adesiva. A médica disse que teria que usar sapatos com muito apoio tipo ténis para manter o dedo quieto. E calçar o ténis?? Que se foda o ténis! Diz que numa semana já deve estar melhor, enquanto isso fico em casa. Excepto na quarta-feira que tenho uma reunião importante. Vou ter que arranjar maneira de conduzir para o trabalho. Vai ser bonito.
O pior disto tudo? Domingo é o teste para o cinturão do Tae Kwon Do e não vou poder fazê-lo. Ainda perguntei à médica se havia uma hipótese ainda que remota, mas a resposta foi: "not gonna happen". Buaaaaaaaaaaá! Vão todos estar um cinturão acima do meu! Sniff! Mais três meses à espera. Eu bem tinha um feeling que não ia passar do azul...
O melhor disto tudo? A minha filha anda a dar-me tantos mimos que vale a pena.
"Episódios de uma mãe casada, cientista doutorada, empresária, professora de universidade, emigrante, e-mais-todas-as-outras-'categorias'-às-quais-pertence, com um peso que a leva a não ter interesse nenhum pela moda, e com um ordenado que não lhe chega para grandes coboiadas, mas que mesmo assim é feliz, com uma vida normal, como tantos outros..."
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Settle for second best?
Ha uma grande diferenca entre estar agradecidos pelo que temos e acomodarmo-nos ao que temos.
Um dos meus defeitos e nunca estar contente com o que tenho. Quero sempre mais. Sinceramente nao acho que seja um defeito assim tao grande. A Humanidade nao teria evoluido se nao fosse a contante busca de algo novo e melhor.
O problema e quando mais e melhor nao e possivel, seja por que motivo for, por muito que se tente. Ai a insatisfacao toma conta de nos e sentirmo-nos felizes pelo que temos e dificil. A frustracao passa a dominar e isso nota-se no que fazemos e como o fazemos.
O segredo e encontrar o equilibrio. Nao perder a esperanca, continuar a tentar, e, ao mesmo tempo, continuar motivados e manter a qualidade do nosso trabalho. Confesso que estou a achar esse equilibrio muito dificil de encontrar.
E depois ha o resto. A vida nao e so familia e trabalho. Ha o estimulo intelectual, artistico e social, sem o qual alguns de nos nao nos sentimos completos.
Tempos turbulentos...
Um dos meus defeitos e nunca estar contente com o que tenho. Quero sempre mais. Sinceramente nao acho que seja um defeito assim tao grande. A Humanidade nao teria evoluido se nao fosse a contante busca de algo novo e melhor.
O problema e quando mais e melhor nao e possivel, seja por que motivo for, por muito que se tente. Ai a insatisfacao toma conta de nos e sentirmo-nos felizes pelo que temos e dificil. A frustracao passa a dominar e isso nota-se no que fazemos e como o fazemos.
O segredo e encontrar o equilibrio. Nao perder a esperanca, continuar a tentar, e, ao mesmo tempo, continuar motivados e manter a qualidade do nosso trabalho. Confesso que estou a achar esse equilibrio muito dificil de encontrar.
E depois ha o resto. A vida nao e so familia e trabalho. Ha o estimulo intelectual, artistico e social, sem o qual alguns de nos nao nos sentimos completos.
Tempos turbulentos...
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Ironias
Eu, que ate chego sempre a horas, passo a vida a "perder o barco".
Faltou-te um bocadinho assim!
Faltou-te um bocadinho assim!
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Balanços
Vida familiar/profissional. É cada vez mais difícil manter o balanço ou já é assim há muito tempo?
E o que é o normal? A partir de que altura começa a ser prejudicial para todos?
As culturas são diferentes, os países são diferentes, as condições são diferentes.
As decisões são difíceis.
A maior parte da minha infância, a minha mãe saía às 7 da manhã e voltava quase às 20h. Nunca teve outra hipótese. Deixou marcas? Talvez, mas tudo o que os pais fazem deixam marcas. E, às vezes, vêm do que menos se espera...
E o que é o normal? A partir de que altura começa a ser prejudicial para todos?
As culturas são diferentes, os países são diferentes, as condições são diferentes.
As decisões são difíceis.
A maior parte da minha infância, a minha mãe saía às 7 da manhã e voltava quase às 20h. Nunca teve outra hipótese. Deixou marcas? Talvez, mas tudo o que os pais fazem deixam marcas. E, às vezes, vêm do que menos se espera...
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
É por estas e por outras...
... que até me sinto feliz de estar a viver num país com uma mentalidade muito diferente.
Quando oiço estas discussões dos piropos só me ocorre é que o melhor é deixar-me ficar por terras de sua majestade.
Quando oiço estas discussões dos piropos só me ocorre é que o melhor é deixar-me ficar por terras de sua majestade.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
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