sábado, 25 de janeiro de 2014

A história tem que começar nalgum lado.

Comecemos então com uma entrevista na universidade onde estou agora. O emprego era para ajudar na comercialização da investigação feita na universidade. Por outras palavras, traduzir a linguagem de negócios das empresas e a linguagem académica dos investigadores. Como comecei a minha própria empresa, tenho experiência em ambos os campos, por isso pareceu-me uma boa oportunidade.

A primeira entrevista correu bem e passei à segunda fase: outra entrevista e uma apresentação. Também correu bem, mas acabei por ficar em segundo lugar, atrás de alguém que é esposa de um professor na universidade e que estava no final de uma gravidez. Passado um tempo investiguei e, de facto, ela tinha mais experiência comercial do que eu.

A questão da gravidez é importante pois significou que ela só podia começar a trabalhar dentro de 4 meses. Como fiquei em segundo lugar e estava a trabalhar na universidade, perguntaram-me se gostaria de ir, em destacamento, cumprir as funções dela por 3 meses, até que ela pudesse voltar ao trabalho. Perguntei ao meu chefe e fui autorizada. Lá fui.

Apesar de gostar muito do meu chefe nessa nova função, não gostei muito do trabalho. Como só ia lá ficar 3 meses, ele não me incluiu em muitos projectos e geralmente só tinha uma coisa por fazer, que não era particularmente difícil. Estou habituada a ter que fazer n coisas ao mesmo tempo para ontem por isso apanhei uma grande seca...

A parte mais triste de todas foi que a tal rapariga acabou por perder o bebé. Sendo mãe, não consigo imaginar pelo que passou. Entretanto engravidou outra vez. Engravidou no mês em que começou a trabalhar e vai em licença de maternidade no próximo mês. E espero sinceramente que corra tudo bem desta vez.

A minha vida dava um filme?

Para comecar, desde que actualizei o portatil, nao consigo por acentos como antes, mas pronto. Siga.

A minha vida profissional e a busca de um novo emprego tem sido qualquer coisa de extraordinario. In a bad way. 

Comecei a procurar emprego (outra vez) ha cerca de 2 anos. Sabia que ia acabar de escrever a tese, nao havia garantias que o meu contracto fosse renovado, e o facto de ser part-time e mal pago nao estava a pagar as contas. De facto, houve alturas em que os ganhos e os custos se anularam. Apesar de (na altura) gostar muito do ambiente e do trabalho, sabia que nao podia continuar ali por muito tempo.

Um dos grandes problemas que procurar emprego em universidades, museus, instituicoes e outros, na minha area, e o tempo que o processo demora. Nao so a procura em si (dezenas de sites e listas de emprego que tem que ser consultadas pelo menos todas as semanas) mas a candidatura. Cada sitio tem um processo diferente e cada processo vai de enviar o CV e uma carta (que demora a escrever porque tem que ser concisa e especifica) ate paginas e paginas de formularios para preencher. A candidatura em si demora horas e, no fim, nem sequer um email a dizer que nao fomos escolhidos para entrevista.

E cansativo, frustrante e tem ocupado todo o tempo que nao estou a trabalhar - noites, fins de semana, ferias...).

Outra questao e que, na grande maioria das vezes, o emprego ja esta destinado a alguem. Devido a natureza dos empregadores, tem que ser aberto um concurso mesmo que o emprego seja para alguem especifico. E nao ha forma de saber se e o caso ou nao. Por isso, podemos ser fantasticos e perfeitos para a funcao, mas ficamos em segundo lugar nas entrevistas porque a vaga nunca existiu na realidade. Isto aconteceu-me (e a outros) varias vezes.

Tambem ha o caso de haver alguem cujo contracto esta a terminar e, se ja for funcionario ha um numero de anos, o emprego ter necessariamente que ser dado a essa pessoa.

Enfim, muitas variaveis e condicoes. O que me aconteceu especificamente tera que ficar para um novo texto. Nao gosto de textos muito grandes.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ano Novo

Pela primeira vez tenho uma resolução de ano novo: Deixar de viver para os outros e começar a viver mais parar mim.